28 fevereiro 2012

Vazão

Difícil manter um blog ativo... principalmente um blog sem leitores.

Nunca tive a pretensão de ser lido loucamente ou ter meus pensamentos confrontados. Neste aspecto este blog foi uma das muitas válvulas de escape que eu usei no decorrer do tempo, juntamente com meu fotolog (/mrnicebobby).

Sempre tive grande prazer em dar vazão aos meus problemas através de textos crípticos, praticamente manuais de "Como decifrar a fúria 'adolescente' for dummies". Espero que este texto seja diferente.

Não que a minha vida não tenha mais problemas, longe disso. A vida sempre trava em alguns momentos (neste aspecto dá pra compará-la a um Fusca velho, que só funciona no tranco... e em algumas ladeiras) e é assim para todos nós. Pq comigo seria diferente?

Me sinto feliz, plenamente. Preciso de um trampo, preciso de grana... estabilidade... isso me preocupa barbaridade. Tenho várias possibilidades a minha frente, desde tocar violão em boteco (e cantar, lógico) até abrir empresas. Sim, no plural. Várias idéias fervilham, não falta vontade de vê-las funcionando, mas muitas vezes falta o pontapé inicial pra colocá-las em movimento.

Maldita inércia. Sim, a prima da vá-a-mércia, irmã do dinamômetro (infelizmente não lembro o nome do professor de cursinho que soltou esta pérola). Mas vamos que vamos, centímetro a centímetro.

O que importa é que a vida é boa. :P

31 dezembro 2010

A compreensão tardia

Entendi.

Entendi muita coisa esse ano.
Compreendi a interação entre vários elementos muito mais profundamente do que antes.

E ainda assim a vida continua.

Mesmo que as pessoas acreditem que não há nada para se viver para. Mesmo que não existam objetivos imediatos a se cumprir.

Corro o risco de ser mal interpretado aqui, mas pouco me importa. A vida é boa e ninguém disse que ela seria fácil. Mas ela é prazerosa e traz surpresas a cada uma de suas encruzilhadas.

E quem disse que estas surpresas seriam agradáveis? Huh?

Este último ano caí e me levantei mais vezes do que já havia acontecido nos meus outros 25 anos de vida. Mas cá estou, calejado e forte e com uma nova visão de futuro. Uma nova visão do passado, principalmente. Um desprendimento que, quando paro pra pensar, me assusta. Mas só um pouco.

Aproveito a oportunidade deste último dia do ano pra meditar a respeito da minha vida e de todas as encruzilhadas pelas quais já passei. Aquelas que ainda estão entrelaçadas e aquelas que já passaram. As escolhas feitas, a nostalgia e tudo o mais.

É um novo ano. Uma convenção, é verdade, mas uma excelente oportunidade para se comemorar. Novos planos, novos paradigmas, novas idéias e, pq não, novas visões a respeito de idéias antigas?

A vida se abre diante de mim pela enésima vez.

Deixo aqui uma música recém composta de óbvia inspiração:

Seven Crossroads

There are seven crossroads
Between where you are and where you came from
There are seven crossroads
Between where you are and where your dreams come true

Pay attention to the signs
And move on before it is too late
Careful on what you decide
Make freewill another form of fate

There are seven crossroads
Between where you are and where you came from
There are seven crossroads
Between where you are and where your dreams come true

All the choices that you made
Right or wrong, it doesn't matter now
Think about what you have learned
And be different your next time around

There are seven crossroads
Between where you are and where you came from
There are seven crossroads
Between where you are and where your dreams come true

Feliz Ano Novo!

10 dezembro 2010

Afraid to Shoot Strangers (27/08/2008)

Direto do meu (quase) falecido fotolog:

[Lying awake at night I wipe the sweat from my brow
But it's not the fear 'cos I'd rather go now]

Um momento de insônia precede uma inevitável noite de sono. Intimamente sabemos o quanto o descanso nos é necessário, mas não dormimos. Por que? Será porque não queremos ou não conseguimos? Porque não temos um local para descansar ou não conseguimos relaxar o suficiente?

[Trying to visualize the horrors that will lay ahead
The desert sand mound a burial ground]

A nossa mente e nosso coração não passam de cemitérios de antigos pensamentos, onde jogamos a terra do presente no buraco do passado... cavando o buraco onde seremos enterrados no futuro. É tudo um ciclo. Há o tempo de cavar e o tempo de tapar os buracos. Tempo de guerra e tempo de paz. Tempo de afastar e tempo de unir.

[When it comes to the time
Are we partners in crime?
When it comes to the time
We'll be ready to die?]

Estamos realmente dispostos a morrer por nossas convicções? Até que ponto não nos apegamos demais às nossas vidas e abrimos mão do que acreditamos e consideramos certo? Será que manter o Status Quo realmente vale tudo isso? Será que é melhor viver em desgraça do que morrer com Honra e Glória?

[God let us go now and finish what's to be done
Thy Kingdom Come
Thy shall be done... on earth]

Suspiro. Inspiro. Expiro.

É tempo de terminar o que foi começado; de se estar onde menos se espera. É tempo de fazer o que deve ser feito.

É o momento de definição.

[Trying to justify to ourselves the reasons to go
Should we live and let live?
Forget or forgive?]

Por quantas vezes sabemos estar fazendo a coisa certa, e paramos pra ter certeza?
No jardim das nossas convicções as flores parecem estar carecendo água... cuidados ou poda. Nunca acreditamos em nós mesmos e cuidamos dos jardins uns dos outros. Trocamos convicções como figurinhas uns com os outros, hoje acreditamos no que outrora duvidávamos e herdamos daqueles que nos são próximos...

Nossos heróis passam da glória ao anonimato em questão de horas, cultivamos memórias como fantasmas em meio a uma massiva troca de idéias. Camaleões. Ultimamente temos nos comportado como camaleões.

[But how can we let them go on this way?
The reign of terror corruption must end
And we know deep down there's no other way
No trust, no reasoning, no more to say]

Aquele que tiver ouvidos pra ouvir, ouça.

Quando você sabe a verdade e mesmo assim não a compartilha com o seu próximo você peca.
Todos temos um compromisso com as pessoas que queremos bem: zelar por elas assim como elas zelam por nós.

É tempo de definição.
É tempo de renovação.

"E nós sabemos que no fundo não existe outro caminho
Nem confiança, nem explicações. Nada mais a dizer."

[Afraid to shoot strangers
Afraid to shoot strangers]

Um temor. Um medo de atirar em estranhos.

Sim, não podemos ferir terceiros. Continuemos a nos machucar mutuamente, magoar um ao outro. Jogarmos cada um com a sua carta na manga... mas nunca; Nunca devíamos ter envolvido terceiros. Não devemos machucar a quem nada tem a ver com a nossa imaturidade.

Houve um tempo em que não era tarde demais.

Bem, o tempo é relativo.

Ao som de Guns n' Roses - Estranged
Ao som de Iron Maiden - Afraid to Shoot Strangers

Ao som de Iron Maiden - Hallowed be thy Name (Live in Curitiba)

21 novembro 2010

Escolhas

A vida é feita de escolhas e as escolhas são feitas a partir de opções. Até aí me parece bastante óbvio.

A ausência de escolhas é uma escolha.

Toda escolha tem consequências, visíveis ou não; previsíveis ou não.

Toda escolha é feita com base nas opções que temos na vida e muitas vezes temos as piores opções possíveis. Parecem não existir opções viáveis, ou ainda, opções que nos tragam exatamente o que desejamos. O que fazer? Escolher a menos pior ou simplesmente deixar de escolher? Abrir mão da oportunidade e deixar a vida correr o seu curso?

Existe o certo e existe o errado.

Devemos fazer sempre as escolhas certas, mas sem almejar recompensa alguma. E essa é a parte mais difícil.

Estamos acostumados a trocas e barganhas, mas não a sacrifícios. Sempre gambitamos, trocamos e barganhamos com tudo ao nosso redor. Se escolho uma faculdade em detrimento de outra é por conta de nossas aptidões, ou até mesmo de uma perspectiva mais positiva em termos financeiros. E eu poderia citar mais e mais exemplos de como as nossas escolhas são baseadas principalmente no que ganharemos com aquilo. Mas não as escolhas que fazem diferença. Sempre deve-se ter em mente que não devemos almejar ganhos. Devemos fazer o certo pelo certo e não pela recompensa dos justos ou pelo medo da punição dos iníquos.

E é complicado agir dessa maneira, principalmente porque quando os transgressores não recebem punição pelos seus atos aqueles que fazem simplesmente a sua obrigação desejam uma recompensa.

18 outubro 2010

Poeira

Vamos tirar a poeira deste blog, né?

Na falta de coisa melhor a fazer, escrevo.



Vamos ver se consigo manter uma regularidade aqui. :P

10 junho 2008

Top 10 - Led Zeppelin

Hoje resolvi começar com algumas postagens decentes (ou pelo menos com um pouco mais de sentido ou explicidade)... e começo justamente pela coisa mais difícil possível, algo praticamente inconcebível: uma lista das 10 melhores músicas do Led Zeppelin. Por muitas vezes pensei se tal coisa era possível...e não é. O que provavelmente vou fazer é enumerar músicas que considero fodas e inesquecíveis... sendo que cada uma delas poderia ser facilmente a melhor música do Led.

Sem mais delongas:

10 - No Quarter (Houses of the Holy - 1973)

"They choose the path where no-one goes"

O título vem da prática militar de se lutar até a morte. Escolher o caminho por onde ninguém vai...

Se alguém tiver a oportunidade de ouvir a versão do "The Music Remains the Same", com o Grave Digger tocando, eu recomendo.

9 - Kashmir (Physical Graffiti - 1975)

"I am a traveler of both time and space, to be where I have been"

A música favorita de Robert Plant e a de muita gente... Eu considero uma música realmente muito boa apenas, nada muito exagerado...

Se alguém resolver ouvir o "The Music Remains the Same" ignore Kashmir... quem toca é o Angra... :D

8 - Moby Dick (Led Zeppelin II - 1969)

"Ladies and Gentlemen... Mr. John Bonham"

O maior solo de bateria de todos os tempos. E a música ganhou este nome por "culpa" do Jason Bonham (batera do Steeldragon e agora do Led) que segundo diz a lenda pedia ao pai que "tocasse a música grande"..."Grande como a baleia Moby Dick".

Nem faço idéia se é por isso, sei que esta música é foda demais para estar fora deste Top Polêmico.

7 - Heartbreaker (Led Zeppelin II - 1969)

"People talkin' all around 'bout the way you left me flat,
I don't care what the people say, I know where their jive is at."

Certo, é a história de um coração partido, ou melhor... da tal da Annie é uma moça de comportamentos promíscuos por quem o protagonista da história se apaixona. E se fode.

O Riff de introdução é fodão... e o seu solo nunca foi composto. Jimmy Page improvisou tanto nos shows quanto no estúdio na hora da gravação. [FAUSTÃO]ÔLÔCOMÊU! Quem sabe faz ao Vivo![/FAUSTÃO]

6 - Rock and Roll (Led Zeppelin IV - 1971)

"Ooh, let me get it back, let me get it back,
Let me get it back, baby, where I came from.
It's been a long time, been a long time,
Been a long lonely, lonely, lonely, lonely, lonely time.
Yes it has."

Música boa é como essa. O tipo de música que você ouve e sente vontade de mexer a cabeça...

E pensar que ela foi composta de improviso em um ensaio... com a banda tentando tocar "Four Sticks".

5 - All my Love (In through the Out Door - 1977)

"Yours is the cloth, mine is the hand that sews time
his is the force that lies within
Ours is the fire, all the warmth we can find
He is a feather in the wind"

Poderiam dizer que estou escolhendo apenas canções com algum ritmo ou agitadas, mas não esta. Robert Plant escreveu a música em homenagem ao seu filho, que morreu no mesmo ano de uma infecção no estômago, e fez todos os vocais de uma vez só, um feito realmente admirável... Falando como vocalista eu diria que este feito por si só já me deixaria com vontade de ouvir a música, caso não a conhecesse. Sabendo que é uma baladinha gostosa que as pessoas costumam dedicar as suas amadas, não poderia faltar na lista.

4 - The Battle of Evermore (Led Zeppelin IV - 1971)

"Sing as you raise your bow, shoot straighter than before.
No comfort has the fire at night that lights the face so cold."

Uma das 4 músicas do Led com influência Tolkieniana (as outras são Misty Mountain Hop, Ramble On e Bron-Y-Aur Stomp), não podia faltar na lista. Além do fato de ser praticamente tão experimental quanto Kashmir (que usa a afinação DADGAD) nesta música podemos ouvir Jimmy Page tocando o Bandolim do John Paul Jones...

Outro fato interessante: esta é a única música do Led com um vocal convidado, neste caso a cantora Sandy Denny, cantora folk inglesa. Quem fazia o dueto com Plant nos shows era Jones e as vezes Bonham.

3 - Immigrant Song (Led Zeppelin III - 1970)

"The hammer of the gods will drive our ships to new lands,
To fight the horde, singing and crying: Valhalla, I am coming!"

Uma música de batalha, um battlecry viking, nórdico e pela lógica, TRU. Como não citá-lo?

O ritmo te impulsiona, te faz marchar e a letra é básica e efetiva. Nenhuma firula, nada que desabone o trabalho maravilhoso que o Led sempre fez.

A frase da música, citada acima, é maravilhosa: "O martelo dos deuses irá guiar nossos barcos para novas terras, para combater a horda, cantando e gritando: Valhalla, estou chegando!"

2 - Achilles Last Stand (Presence - 1976)

"Oh the mighty arms of Atlas
Hold the heavens from the earth"

Se Kashmir é a música favorita de Robert Plant... Achilles Last Stand é a favorita de Jimmy Page. Um dos melhores solos do Led, uma letra suprema... e se Rock and Roll te dá vontade de mexer a cabeça... Achilles Last Stand nem deixa a vontade chegar no seu cérebro: em um momento você já se percebe mexendo a cabeça e curtindo o ritmo. Suprema.

Fato: Achilles Last Stand, com 10:25 é a terceira maior música do Led, perdendo apenas para "In my time of dying" (11:06) e Carouselambra (10:34).

1 - Stairway to Heaven (Led Zeppelin IV - 1971)

"And a new day will dawn for those who stand long
And the forest will echo with laughter"

Does anybody remember laughter?

A música mais pedida e mais tocada em radios FM nos Estados Unidos. Oito minutos e cinco segundos de pura perfeição.

A música começa a tocar, sua introdução lentinha já te relaxando e te preparando para o que está por vir. Exemplo maravilhoso de música que começa tranquila e explode na sua cara. Na minha opinião o melhor solo de Jimmy Page.

Nada mais a dizer. Esta música é a melhor música do Led Zeppelin. E ponto final.

Bônus: Babe, I'm gonna Leave You (Led Zeppelin - 1967)

"I can hear it calling' me the way it used to do
I can hear it calling' me back home..."

Uma bela música, belos berros de Robert Plant, arrasando com tudo...
Uma pena que é um cover (de Joan Baez, de quem nunca ouvi patavina), do contrário estaria na lista ali em cima.

Não curtiu? Que pena. Comentae. :P

24 maio 2008

Outside the Wall

"All alone, or in twos
The ones who really love you
Walk up and down outside the wall
Some hand in hand
Some gathering together in bands
The bleeding hearts and the artists
Make their stand
And when they've given you their all
Some stagger and fall after all it's not easy
banging your heart against some mad buggers
Wall"

The bleeding hearts and the artists make their stand...