10 dezembro 2010

Afraid to Shoot Strangers (27/08/2008)

Direto do meu (quase) falecido fotolog:

[Lying awake at night I wipe the sweat from my brow
But it's not the fear 'cos I'd rather go now]

Um momento de insônia precede uma inevitável noite de sono. Intimamente sabemos o quanto o descanso nos é necessário, mas não dormimos. Por que? Será porque não queremos ou não conseguimos? Porque não temos um local para descansar ou não conseguimos relaxar o suficiente?

[Trying to visualize the horrors that will lay ahead
The desert sand mound a burial ground]

A nossa mente e nosso coração não passam de cemitérios de antigos pensamentos, onde jogamos a terra do presente no buraco do passado... cavando o buraco onde seremos enterrados no futuro. É tudo um ciclo. Há o tempo de cavar e o tempo de tapar os buracos. Tempo de guerra e tempo de paz. Tempo de afastar e tempo de unir.

[When it comes to the time
Are we partners in crime?
When it comes to the time
We'll be ready to die?]

Estamos realmente dispostos a morrer por nossas convicções? Até que ponto não nos apegamos demais às nossas vidas e abrimos mão do que acreditamos e consideramos certo? Será que manter o Status Quo realmente vale tudo isso? Será que é melhor viver em desgraça do que morrer com Honra e Glória?

[God let us go now and finish what's to be done
Thy Kingdom Come
Thy shall be done... on earth]

Suspiro. Inspiro. Expiro.

É tempo de terminar o que foi começado; de se estar onde menos se espera. É tempo de fazer o que deve ser feito.

É o momento de definição.

[Trying to justify to ourselves the reasons to go
Should we live and let live?
Forget or forgive?]

Por quantas vezes sabemos estar fazendo a coisa certa, e paramos pra ter certeza?
No jardim das nossas convicções as flores parecem estar carecendo água... cuidados ou poda. Nunca acreditamos em nós mesmos e cuidamos dos jardins uns dos outros. Trocamos convicções como figurinhas uns com os outros, hoje acreditamos no que outrora duvidávamos e herdamos daqueles que nos são próximos...

Nossos heróis passam da glória ao anonimato em questão de horas, cultivamos memórias como fantasmas em meio a uma massiva troca de idéias. Camaleões. Ultimamente temos nos comportado como camaleões.

[But how can we let them go on this way?
The reign of terror corruption must end
And we know deep down there's no other way
No trust, no reasoning, no more to say]

Aquele que tiver ouvidos pra ouvir, ouça.

Quando você sabe a verdade e mesmo assim não a compartilha com o seu próximo você peca.
Todos temos um compromisso com as pessoas que queremos bem: zelar por elas assim como elas zelam por nós.

É tempo de definição.
É tempo de renovação.

"E nós sabemos que no fundo não existe outro caminho
Nem confiança, nem explicações. Nada mais a dizer."

[Afraid to shoot strangers
Afraid to shoot strangers]

Um temor. Um medo de atirar em estranhos.

Sim, não podemos ferir terceiros. Continuemos a nos machucar mutuamente, magoar um ao outro. Jogarmos cada um com a sua carta na manga... mas nunca; Nunca devíamos ter envolvido terceiros. Não devemos machucar a quem nada tem a ver com a nossa imaturidade.

Houve um tempo em que não era tarde demais.

Bem, o tempo é relativo.

Ao som de Guns n' Roses - Estranged
Ao som de Iron Maiden - Afraid to Shoot Strangers

Ao som de Iron Maiden - Hallowed be thy Name (Live in Curitiba)

Nenhum comentário: